Motivação para vendedores de baixa performance é um dos maiores desafios da gestão comercial. Quando há desmotivação no trabalho, o impacto compromete todo o engajamento de equipe comercial, gerando um efeito dominó de queda de resultados. 

Como solução, algumas empresas direcionam a premiação por metas atingidas apenas para os top performers, deixando de lado quem tem mais margem para crescimento.  

Na prática, isso é um erro, já que o vendedor pode estar desmotivado no trabalho não por falta de talento, mas por estar sem direcionamento e reconhecimento. 

Neste artigo, vamos apresentar as 10 principais estratégias de motivação para vendedores de baixa performance. Continue lendo para descobrir como implementá-las! 

  

A crise econômica é motivo para vender menos? 

O Brasil é um país que vive cercado de crises, sejam elas políticas, econômicas ou sociais. Se esse fosse um motivo determinante para vender menos, quase todas as empresas já teriam fechado. 

O que vemos, na prática, são inúmeras empresas que se destacam em períodos difíceis.  

No auge da crise de 2015, redes de atacarejo como Assaí e Atacadão ganharam mercado porque ofereceram alternativas de preço em meio à queda de poder de compra. Durante a pandemia, empresas de e-commerce e delivery, como Magalu, Mercado Livre, iFood e Rappi, ampliaram suas operações em ritmo acelerado.  

É importante deixar claro para o time de vendas que as crises influenciam, mas não são determinantes. Muitas vezes, o verdadeiro obstáculo para crescer são problemas internos que podem ser controlados, como: 

  • falta de preparo para entender ou cliente; 
  • ausência de estratégia de prospecção; 
  • resistência a novas tecnologias; 
  • baixa disciplina no acompanhamento de indicadores. 

No fim do dia, cabe ao vendedor – com suporte da liderança comercial – assumir a responsabilidade pelos resultados, buscar alternativas e transformar os desafios externos em combustível para alcançar metas ainda mais ousadas. 

  

Motivação para vendedores: 10 estratégias para aumentar a performance 

A motivação para vendedores precisa ser trabalhada em várias frentes, afinal, – a desmotivação no trabalho é multifatorial. 

A seguir, confira as 10 melhores estratégias para aumentar a performance de um funcionário desmotivado. 

 

1 – Compreenda as causas do baixo desempenho

Existem dois tipos de motivação para vendedores: intrínseca e extrínseca 

A motivação intrínseca vem de dentro, ligada ao prazer de realizar uma tarefa pelo simples fato de gostar dela, de se sentir desafiado ou de enxergar propósito no que faz. Já a motivação extrínseca está relacionada a fatores externos. 

Um bom desempenho costuma ser resultado do equilíbrio entre as duas. O contrário também é verdadeiro, ou seja, quanto menos equilíbrio entre as motivações, maior a tendência de cair o desempenho no trabalho. 

Para compreender as causas da desmotivação no trabalho, é necessário avaliar sob ambos os aspectos: 

  

Descubra como motivar quem não entrega 

O papel do líder comercial é entender o que realmente motiva cada pessoa do time. Só assim é possível entregar aquilo que faz sentido para cada indivíduo.  

É claro que nem sempre será viável atender a todas as expectativas, mas há uma diferença enorme entre não poder entregar tudo e simplesmente não entregar nada. Quando o time sente que suas necessidades são ignoradas, a desmotivação permanece.  

Um bom ponto de partida é fazer perguntas que ajudem a mapear essa motivação: 

  • Onde você quer estar em seis meses e por quê? 
  • O que você fará para comemorar quando chegar lá? 
  • O que você ama neste trabalho? Por quê? 

Essas respostas ajudam o gestor a compreender o que significa sucesso para cada vendedor e a criar condições para que esse sucesso seja possível. Quando a liderança foca apenas nos pontos fracos ou no baixo desempenho, corre o risco de transmitir a sensação de estar “cobrando sem apoiar”. 

  

Avalie o desempenho comercial 

Embora aspectos como postura e disciplina sejam importantes, eles são subjetivos e podem variar na percepção de cada líder. Por isso, é fundamental apoiar a análise em números que mostram de forma objetiva o quanto o time comercial está performando.  

Essas são as métricas que trazem clareza sobre pontos fortes e de atenção da equipe. 

 

Métricas de resultado 
  • Receita total gerada: mostra quanto a equipe trouxe em vendas dentro do período analisado. 
  • Meta atingida (% de quota atingida): mede o quanto cada vendedor e o time chegaram perto (ou ultrapassaram) a meta estabelecida. 
  • Ticket médio: representa o valor médio de cada venda, útil para entender se a equipe está conseguindo vender soluções de maior valor agregado. 
  • Taxa de conversão: percentual de oportunidades que se transformam em clientes, indicando a eficácia do discurso e da negociação. 
  • Tempo médio de fechamento: quantos dias, em média, um lead leva para se tornar cliente. 
  • Custo de aquisição de cliente (CAC): mede quanto custa trazer um novo cliente em relação ao investimento feito pelo time de vendas. 

  

Métricas de processo 
  • Número de contatos/atividades realizadas: acompanha quantas ligações, e-mails, reuniões ou interações cada vendedor fez. 
  • Novas oportunidades abertas: avalia quantos leads qualificados foram inseridos no funil de vendas em determinado período. 
  • Propostas enviadas vs. propostas fechadas: mede a taxa de sucesso nas negociações, comparando os negócios iniciados com os efetivamente fechados. 
  • Taxa de follow-up: verifica a frequência com que o vendedor dá continuidade às negociações, já que muitos negócios são perdidos por falta de acompanhamento.

 

2 – Defina metas SMART

Um levantamento da BlessingWhite Research sobre engajamento mostrou que 20% dos profissionais apontaram como principal fator de melhoria em seu desempenho “compreender melhor o que a empresa espera deles e as razões dessas expectativas”. 

Esse resultado evidencia a importância de envolver o time no processo de definição de metas. Quando os colaboradores entendem os objetivos da organização, conseguem perceber com mais clareza o impacto direto de suas ações no resultado. 

Para estruturar metas, uma metodologia bastante utilizada é o SMART, que orienta a criação de objetivos segundo cinco critérios: 

  • Específico (Specific): a meta deve ser clara e detalhada, sem espaço para interpretações diferentes. O que precisa ser feito? Quem participa? Por que é importante? 
  • Mensurável (Measurable): é necessário definir indicadores e critérios objetivos que permitam acompanhar o progresso e confirmar se a meta foi atingida. 
  • Atingível (Achievable): o objetivo deve ser realista, compatível com os recursos disponíveis e com o histórico de resultados da empresa. 
  • Relevante (Relevant): precisa estar conectado aos propósitos da organização e fazer sentido dentro do contexto de atuação da equipe. 
  • Com prazo definido (Time-based): deve ter um período específico para ser cumprido, evitando que fique em aberto. 

Assim, o processo de definição de metas se torna mais transparente, motivador e alinhado tanto às necessidades da empresa quanto às expectativas do time. 

 

3 – Construa um plano de remuneração

A combinação entre remuneração fixa e variável (comissão e bônus) não é novidade no mercado, mas muitas empresas esquecem de revisar e atualizar esse plano. 

Um modelo de remuneração que funcionava há dois anos pode não ser eficaz hoje. O comportamento do consumidor, a concorrência e as metas podem exigir ajustes.  

Oferecer uma remuneração fixa maior faz sentido quando: 

  • o ciclo de vendas é longo; 
  • o processo de prospecção exige alto nível técnico; 
  • quando a empresa busca garantir estabilidade para o vendedor enquanto ele constrói relacionamentos de médio e longo prazo.  

Por outro lado, empresas que atuam em mercados altamente competitivos, com ciclos de vendas mais curtos e grande potencial de escala, podem se beneficiar de um plano de remuneração variável mais agressivo 

Cada empresa precisa encontrar o equilíbrio entre fixo e variável que faça sentido para sua estratégia e cultura. O ponto central é que os vendedores enxerguem uma relação entre esforço, resultado e recompensa. 

 

4 – Estruture um programa de incentivo de vendas

O incentivo de vendas é usado para reconhecer vendedores, distribuidores, parceiros ou colaboradores que atingem ou superam metas. Esses incentivos podem ser financeiros ou não, tendo como objetivo impulsionar a motivação e a produtividade da equipe de vendas. 

Segundo a pesquisa Incentive Research Foundation, 80% das empresas de maior sucesso financeiro usam programas de incentivo para estimular suas equipes de vendas. Além disso, equipes altamente engajadas podem gerar até 21% mais lucro. 

Logo, investir em um programa de incentivo de vendas não apenas eleva o desempenho dos profissionais já engajados, como também pode reverter o desinteresse de vendedores desmotivados. 

 

5 – Estabeleça um plano de desenvolvimento individual (PDI)

Depois de identificar as causas da desmotivação e traçar soluções, o próximo passo é criar um plano de desenvolvimento individual (PDI) para cada vendedor.  

Esse plano deve ser simples, mensurável e acompanhado de forma contínua, garantindo que cada profissional tenha clareza sobre suas metas e evolução. 

 

6 – Ofereça treinamentos

Como líder de vendas, uma das suas responsabilidades é garantir que o time esteja sempre em evolução – e não existe evolução sem treinamento. Mas para treinar é preciso ter processos que possam ser ensinados e repetidos 

O foco deve estar em ações aplicáveis ao dia a dia, como: 

  • Abordagem de clientes; 
  • Técnicas de negociação; 
  • Gestão do funil de vendas; 
  • Utilização de ferramentas de CRM; 
  • Construção de relacionamento no pós-venda. 

Com base nisso, três pilares precisam estar no centro de qualquer programa de capacitação de vendas: 

  

Processo de vendas 

O processo é o “mapa” que orienta o time do primeiro contato até o fechamento. Padronizar e ensinar um processo de vendas garante que todos sigam os mesmos passos, sem depender de “lábia de vendedor” para fechar negócios. 

Exemplo: se o processo de vendas prevê etapas como prospecção → qualificação → proposta → negociação → fechamento, cada fase deve ser treinada com clareza.  

 

Método de vendas 

Enquanto o processo define o que fazer, o método mostra como fazer. Existem diferentes metodologias (SPIN Selling, Solution Selling, Challenger Sale, entre outras), e é papel do líder escolher e treinar a que melhor se adapta ao negócio. 

Exemplo: ao adotar o SPIN Selling, os vendedores precisam ser treinados a conduzir perguntas que revelam Situação, Problema, Implicação e Necessidade de solução, estruturando conversas mais consultivas e estratégicas. 

  

Estratégias de vendas para o nicho 

Cada mercado tem suas particularidades e o vendedor precisa estar preparado para lidar com elas. Treinar estratégias específicas para o nicho é o que transforma o discurso em algo relevante para o cliente. 

Exemplo: um time que vende soluções para saúde precisa dominar regulamentações do setor e ter argumentos ligados a segurança de dados. Já um time que atua em varejo deve ser treinado em estratégias de giro rápido e aumento de ticket médio. 

 

7 – Dê flexibilidade para o time trabalhar

O erro mais comum após um ciclo de treinamento é cair no microgerenciamento: acompanhar cada ação, ditar cada passo e controlar o tempo de forma excessiva. O vendedor deixa de se sentir responsável pelos resultados e passa a agir apenas para atender ordens. 

Quando o líder oferece flexibilidade, ele reforça que acredita no potencial da equipe. Isso aumenta a motivação para vendedores, onde o colaborador pode testar abordagens, ajustar discursos e adaptar técnicas ao perfil de cada cliente.  

Essa liberdade é um fator direto de motivação para vendedores, pois eles percebem que têm espaço para crescer e que seu desempenho é reconhecido pelo que entregam, não apenas pelo que seguem à risca. 

A verdadeira liderança em vendas não está em controlar cada detalhe, mas em criar as condições para que o time se desenvolva de forma sustentável.  

 

8 – Crie micro metas

Em vez de focar em metas mensais, dividir os objetivos em prazos menores — como semanais ou até diários — pode ser uma ótima forma de manter o time de vendas engajado. 

Para quem busca ainda mais organização, é possível aplicar práticas do Scrum, adaptando as demandas em sprints. Dessa forma, você mantém visibilidade sobre o que cada vendedor está executando, sem perder de vista os resultados de longo prazo. 

 

9 – Faça reuniões 1:1

As reuniões 1:1 criam um espaço para que o líder acompanhe a evolução individual do vendedor, verifique o alcance das metas, lacunas de habilidades e entenda os obstáculos que prejudicam seu desempenho. 

Além disso, o vendedor tem a oportunidade de receber comentários direcionados, com exemplos práticos e orientações específicas. Esse formato aumenta a motivação para vendedores, gera confiança e abre espaço para uma conversa construtiva (sem pressão do grupo). 

O 1:1 também é uma oportunidade de entender a visão do vendedor sobre o processo comercial, os desafios do dia a dia e até sobre a própria gestão. Essa escuta ativa pode revelar informações valiosas para ajustar a estratégia comercial ou a forma de liderar. 

 

10 – Invista em um tratamento individualizado

Um dos maiores erros que um líder comercial pode cometer é acreditar que todos os vendedores aprendem e performam da mesma forma. Cada profissional tem seu próprio ritmo de absorção de conhecimento e sua maneira de colocar em prática os aprendizados. 

Tratar a equipe “sob a mesma régua” pode gerar frustração em alguns e desmotivação em outros, já que nem todos estarão prontos para responder às demandas no mesmo tempo. 

Ao reconhecer essas diferenças, o líder consegue: 

  • Respeitar o tempo de aprendizado de cada vendedor, oferecendo apoio e recursos de acordo com suas necessidades. 
  • Potencializar pontos fortes, incentivando que cada profissional explore seu diferencial no processo de vendas. 

O tratamento individualizado não significa flexibilizar resultados, mas adaptar a forma de desenvolver cada talento. 

  

Como motivar uma equipe desmotivada com apoio da Cashin? 

Motivação para vendedores é um grande desafio para qualquer líder. A boa notícia é que existem caminhos simples para resgatar essa motivação – e é exatamente aí que a Cashin pode fazer a diferença. 

Com nosso ecossistema de incentivos, é possível estruturar pagamentos de remuneração variável, como comissões e bônus, e incentivos. 

Dentro das opções que você pode oferecer aos vendedores, a Cashin permite que eles resgatem o valor da remuneração variável e/ou premiações com flexibilidade, seja por meio de cartões digitais, crédito em conta, resgate de prêmios físicos por meio de marketplace, entre vários outros módulos. 

Quer recuperar um time desmotivado no trabalho? Conheça a Cashin e aumente em até 20% das suas vendas!